Quando alguém lhe pergunta se você é flexível, o que você pensa? No ambiente corporativo, essa palavra pode ser associada a flexibilidade de entregas, prazos, horários de trabalho, etc. Porém, o conceito vai além.

Às vezes, empresas precisam flexibilizar a estratégia para prospectar negócios. Segundo matéria da revista The Economist, uma das mais respeitadas do mundo, “para uma empresa ter sucesso a longo prazo, ela precisa dominar a adaptabilidade e o alinhamento”.

Isso vale também para colaboradores. “Profissionais com altos índices de flexibilidade são mais completos”, afirma Claudia Riecken, autora do livro "SobreViver: Instinto de Vencedor" e especialista em ambientes de trabalho.

Como ser mais flexível Atualmente, os desafios corporativos incentivam a tomada de decisões e a busca por tornar processos mais rápidos e criativos. E é exatamente este avanço que nos torna flexíveis.

Muitos confundem pessoas flexíveis com dispostas a concordar. Contudo, para Claudia, ser flexível, muitas vezes, exige comportamentos opostos. “Ser objetivo e subjetivo. Calmo e apressado. Suave e direto ao ponto”, divaga. A especialista explica que quatro fatores que determinam essa capacidade de “navegar nos opostos”:

1) Ação: capacidade de agir de forma independente, mas em harmonia com o grupo;

2) Comunicação: habilidade de se comunicar com persuasão e de forma extrovertida, mas com seriedade, objetividade e foco;

3) Estabilidade: ter calma, mas trabalhar em ritmo constante;

4) Referenciais: ser disciplinado e planejado, mas com ações informais e inovadoras.

Outra dica é praticar atividades opostas à sua personalidade. “Gente agitada demais deve fazer ioga. Gente muito calma e zen pode fazer um esporte de competição individual. Tímidos no karaokê, e tagarelas na leitura ou meditação”, indicou Claudia.

Segundo ela, essas habilidades não são natas e podem, sim, ser desenvolvidas. Basta tentar. Portanto, reflita quanto às suas atitudes: será que elas refletem o perfil de um profissional flexível?

Com informações das revistas CIO e The Economist.